BELO HORIZONTE (09/11/11) - Aviação regional em Minas Gerais com foco no Programa Aeroportuário de Minas Gerais (Proaero), o uso do solo no entorno dos aeroportos, segurança rodoviária e redução de acidentes foram os temas discutidos no segundo dia da 25ª edição do Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes (ANPET), que está sendo realizado durante esta semana no Centro de Convenções da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG).

Na palestra sobre aeroportos, o diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), Marco Antonio Migliorini, destacou o panorama da aviação civil no Brasil e seu crescimento, a aviação regional no Estado como indutora de desenvolvimento e acessibilidade, e o Proaero, vinculado a essa fase de oportunidades.

Para o Migliorini, Belo Horizonte está sendo premiada com a realização deste evento.  “A reunião dos setores para discutir o transporte e a logística é muito pertinente para enriquecer os estudos na busca das soluções que precisam ser dadas, principalmente em um assunto que tem sido tema em todo o país, que é a mobilidade urbana”, disse.

Criado em 2006, o Proaero é um programa de adequação, ampliação e melhoria na malha aeroportuária do Estado de Minas Gerais, que objetiva prover de acesso aeroviário todas as regiões de Minas. Até o momento, 23 aeroportos foram concluídos com investimentos de R$ 297 milhões, sendo R$ 242 milhões do Governo de Minas e R$ 48 milhões do Governo Federal.

Na sequência da palestra, as superfícies limitadoras de obstáculos e a portaria que estabelece os planos e zonas de proteção que devem ser respeitados e que contemplam restrições especiais no uso do solo no entorno dos aeroportos foram os temas apresentados pelo Major Bustamante e o Tenente Rômulo, do comando da Aeronáutica.

Segurança no trânsito

Para o professor da Universidade de São Paulo, Coca Ferraz, uma importante pesquisa está sendo desenvolvida no Brasil. Ela relaciona de forma inédita o PIB interno de cada estado ao número de acidentes e mortes de trânsito: quanto maior o PIB menor o número de acidentes. Foram também apontados diversos itens para a solução do alto índice de acidentes. Eles “vão desde a conscientização sobre o problema e o engajamento da população até a melhoria da fiscalização, das condições de segurança e da própria tecnologia dos veículos”, concluiu Ferraz.

MG-050

A rodovia MG-050, que liga Belo Horizonte a Divinópolis e a São Sebastião do Paraíso, na divisa com São Paulo, primeira experiência brasileira da Parceria-Público-Privada (PPP), foi alvo de um estudo de Análise e Investigação de Segurança Rodoviária, proferida pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Frederico Rodrigues. Foram estudados os pontos considerados críticos por trecho.

Após o conjunto de obras realizadas a partir da concessão dos 374 quilômetros, foram efetuadas intervenções de duplicação de vias e melhorias gerais, principalmente em áreas de travessia urbana, onde foram constatados maiores índices de acidentes. O resultado apurado pela pesquisa indicou uma redução média de 52% dos acidentes. Já com a melhoria de projeto geométrico, houve uma contribuição para a redução média de 50% dos índices de acidentes. E com a implantação de sinalização ostensiva houve redução média de 81%.

“Esta rodovia, antes da concessão, era considerada uma rodovia estadual perigosa, onde ocorriam muitos acidentes e mortes. No período de 2003 a 2005, observou-se uma elevação do número de mortes e continuidade deste quadro. Somente em 2007, após a implantação da PPP da MG 050 pelo Governo de Minas, que agregou um conjunto de intervenções, houve uma inversão da situação com a redução do número de mortes, mesmo com o aumento do tráfego”, finalizou o superintendente de Infraestrutura de Transportes da Setop, Diego Vettori.

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