A última etapa é a mais complexa e prevê três importantes obras: cobertura adicional das arquibancadas; construção de uma esplanada de 70 mil metros quadrados no entorno do Mineirão, com área reservada para estacionamento coberto, restaurantes e lojas de serviço; e passarela ligando o Mineirão ao Mineirinho, que durante a Copa do Mundo funcionará como centro de apoio de mídia.

O governador ressaltou que as duas primeiras etapas cumpriram integralmente o cronograma definido com a Fifa. Ele disse que todos os esforços estão sendo feitos para que o novo Mineirão seja entregue à população em dezembro de 2012, como previsto no projeto inicial.

“Agora é a grande obra, a reconstrução do Mineirão. Na realidade, vamos fazer as adaptações no prédio, para adequá-lo aos cadernos da Fifa, aqueles encargos previstos, não só no que se refere a acesso à esplanada que será construída, a completa modificação das bilheterias e detalhamento do projeto que já foi bem conhecido, que vai significar um estádio com muito mais conforto, muito mais segurança e também permitindo a sua utilidade muito maior, além dos jogos de futebol, para outros eventos de lazer e cultura”, disse Anastasia.

Gestão compartilhada

Para essa etapa decisiva das obras, o Governo de Minas adotou o modelo de gestão compartilhada. Neste modelo, o Estado não investirá recursos públicos diretamente nas obras da terceira etapa. O investimento estimado do consórcio para obras de modernização será de R$ 743,4 milhões. Parte dos recursos, num total de R$ 400 milhões, será disponibilizada pelo BNDES, por meio de linha de crédito especial concedido às 12 cidades sedes da Copa de 2014.

O parceiro privado do governo mineiro será o Consórcio Minas Arena, formado pelas empresas Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda, vencedoras da licitação. Sendo assim, a administração do Mineirão pelos próximos 25 anos será de responsabilidade da iniciativa privada, que poderá explorá-lo comercialmente neste período, com acompanhamento e fiscalização do Estado.

Já o reembolso dos recursos investidos no Mineirão à iniciativa privada se dará pela rentabilidade da operação do empreendimento, com complementação por parte do Estado em parcelas mensais, ao longo de 25 anos após a entrega das obras da terceira etapa. O valor máximo da contraprestação variável a ser repassada pelo Estado ao Consórcio Minas Arena será de R$ 3,7 milhões/mês, valor 7,5% inferior ao teto de R$ 4 milhões estimado no edital de licitação.

“O mais importante é que o Estado não gastará nenhum centavo em 2011 e 2012. E só irá começar a pagar a obra a partir de 2013. E, de fato, não paga a obra. Paga o serviço disponibilizado, ou seja, paga a operação e manutenção do estádio por 25 anos, em prestações anuais. Elas são mensais, mas haverá sempre um reajuste anual, por isso que, no fundo, estamos pagando 25 prestações anuais pelo serviço”, explicou o coordenador executivo do Programa Estado para Resultados e presidente do Núcleo Gestor da Copa, Tadeu Barreto.

Referência de modernidade

Para o governador Antonio Anastasia, o novo Mineirão será referência de modernidade para o país sob o ponto de vista da obra física que está sendo realizada e também pelo modelo inovador de gestão.

“O novo Mineirão que vai significar não só um novo estádio completamente diferente sob o ponto de vista físico, mas também uma gestão inovadora que vai permitir aos mineiros e aos brasileiros que venham aqui muito mais conforto e uma forma mais adequada de termos um estádio bem administrado entre os clubes, as empresas e o Governo”, afirmou o governador.

Indicadores de qualidade

Para garantir excelência na prestação de serviços na gestão compartilhada, foram estabelecidos em contrato indicadores de qualidade que o Consórcio Minas Arena terá que cumprir. Será realizado acompanhamento permanente para garantir o nível de prestação de serviço, como grau de satisfação dos torcedores e dos clubes de futebol; qualidade da manutenção da infraestrutura; limpeza das instalações, inclusive banheiros, satisfação dos usuários (torcedores, imprensa, clubes), entre outros.

Caso o consórcio não atinja os indicadores estabelecidos, o Estado poderá impor penalidades às empresas que formam o consórcio, reduzindo a margem de receita e até mesmo interrompendo a concessão, assumindo integralmente a gestão do estádio.

Modelo sustentável

Com a modernização, o Mineirão será transformado numa arena multiuso, assegurando a sustentabilidade do estádio, gerando novas oportunidades e promovendo o aumento de rendimentos para os clubes de futebol mineiros e a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos ao torcedor e outros frequentadores do estádio.

“Teremos um estádio que, além de ser o estádio mais moderno do Brasil para sediar jogos de futebol, que é a sua principal finalidade, vamos também ter ali palco de grandes eventos culturais e esportivos. E a gestão compartilhada vai significar mais eficiência, melhores resultados, mais conforto e segurança para os usuários”, afirmou Anastasia.

Segundo o arquiteto responsável pelo projeto de modernização, Gustavo Penna, o Mineirão será um dos estádios mais modernos do país e do mundo. Ele disse que a ideia é transformar o Mineirão em um palco permanente de atividades múltiplas, capaz de atrair pessoas de interesses e de faixa etária diversas.

“Nós estudamos tudo que há de mais contemporâneo no mundo. Não estamos atrás de nenhum estádio da Alemanha, África do Sul ou de qualquer outro lugar. O Mineirão hoje é só para o futebol. O que a gente pensou? Incluir outros públicos, um estádio que incluísse a família, os idosos, as crianças. O nosso trabalho foi um trabalho de acessibilidade universal. Nós queremos que seja fácil chegar a qualquer ponto do estádio, queremos que o estádio seja incluído no domingo das pessoas e não só na hora do jogo”, afirmou Gustavo Penna.

O que já foi feito

A modernização do Mineirão começou em 25 de janeiro deste ano, com obras de correção nas vigas de sustentação do estádio. As obras, realizadas pela Retech Serviços Especiais de Engenharia Ltda, foram concluídas em junho e custaram R$ 8,2 milhões de recursos do Tesouro do Estado.

Na segunda etapa foi feita demolição de parte da arquibancada inferior e de toda a geral do estádio. Ainda nessa etapa, o gramado foi rebaixado em 3,4 metros para garantir mais proximidade e melhor visibilidade ao torcedor. As obras foram realizadas entre junho e dezembro de 2010, pela Detronic Desmontes e Terraplenagem, com recursos estaduais que somaram R$ 3,5 milhões.

O que muda no Novo Mineirão

Campo - Rebaixado em 3,4 metros para que a visibilidade do torcedor seja garantida em qualquer ponto do estádio. Instalada cobertura para retirar a incidência de luz solar do gramado.

Visibilidade - Com o rebaixamento do campo e remoção de obstáculos e placas de publicidade que limitavam a visão, torcedores que optarem pela arquibancada inferior verão o jogo mais de perto.

Cobertura - Todos os assentos estarão protegidos por uma cobertura em policarbonato. A nova estrutura vai melhorar as condições para transmissões de televisão.

Camarotes - Área de até 8 mil metros quadrados, com cerca de 500 assentos disponíveis. Espaço para construção de até 100 camarotes, sendo que para a Copa serão construídos 41, com capacidade para 8, 16 e 22 pessoas.

Estacionamento - Até 4.054 vagas, sendo 3.054 cobertas.

Lanchonetes e sanitários - 64 novos banheiros e 19 lanchonetes.

Entorno – Uma grande esplanada de 69.190 metros quadrados circundará todo o estádio e terá capacidade para abrigar cerca de 70 mil pessoas.

Passarela - Será construída passarela ligando o Mineirão ao Mineirinho, que será usado como centro de apoio às atividades da Copa.

Vestiários - Vestiários e demais áreas reservadas a atletas e juízes terão acesso direto e exclusivo para a rua, sem que haja contato com imprensa ou espectadores.

Imprensa - A imprensa terá acesso exclusivo ao estádio. A área de trabalho ampliada com criação de estúdios de transmissão, sala de conferência, zona mista e área para entrevistas. Tribuna central terá plataforma para câmeras, capacidade para cerca de 1.500 jornalistas e convidados, mil mesas de trabalho equipadas com monitores e telefones e 160 lugares para comentaristas. Todos os assentos terão pontos de internet. Tribuna diretamente conectada ao centro de mídia no subsolo por meio sala de controle de câmeras.

Ingressos - Serão eletrônicos. 56 guichês de atendimento. 113 baias que permitirão entrada de mais de 100 mil espectadores por hora. 176 catracas que possibilitarão acesso de todo o público em menos de uma hora. Sistema de controle de acesso eletrônico, acoplados ao sistema de vídeovigilância. Mais saídas de emergência e novas saídas para melhorar circulação interna.

Segurança - Sistema de vigilância vídeodigital, com câmeras internas e externas de suporte giratório e capacidade de zoom, operadas através de uma sala de controle central.

Telão - Dois telões localizados acima das tribunas principais, com dimensões de 12 x 6,8 metros, em tecnologia LED SMD de última geração, com alto brilho e alto contraste, assegurando boa visibilidade mesmo com exposição direta à luz solar.

Subsolo – Funcionará escritório da Fifa, vestiários e demais instalações para os atletas. Em cada lado de acesso ao gramado haverá estúdios de TV e espaço para entrevistas.

Térreo – Serão instalados portões mais amplos, com catracas eletrônicas agilizando o acesso ao estádio. Praças de alimentação e banheiros.

Nível 1 - Área reservada para camarotes e apoio técnico. Sala de controle de som, iluminação e placares. Postos policiais com acesso independente com vista ampla para o estádio.

Nível 2 - Banheiros e áreas de alimentação que atenderão toda arquibancada superior. Ficará nesse nível também a tribuna de imprensa.

Esplanada - Na esplanada haverá uma praça com vista privilegiada para a Lagoa da Pampulha, e o acesso do público será por escadas, rampas ou elevadores. O local terá potencial para abrigar eventos paralelos aos jogos ou quando não houver jogo.

Sob as lajes serão criados espaços com grandes vãos e pé direito duplo adequados para receber eventos. Também estão localizados nessa área estacionamentos, acessos aos camarotes, halls, lojas e áreas de apoio e logística para suprirem as demandas de funcionamento do estádio.

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O governador Antonio Anastasia autorizou, nesta terça-feira (21/12), início da terceira e última etapa das obras de modernização do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Desde janeiro deste ano, o estádio está sendo adequado aos padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para sediar os jogos da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014. A conclusão das obras está prevista para o final de 2012, dentro do prazo previsto no cronograma inicial.