Na avaliação do diretor geral, o seminário é uma oportunidade especial para reunir quem compartilha da preocupação com a violência no trânsito e sabe da importância do evento para a "Década de Ação pela Segurança no Trânsito", instituída pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em março de 2010, a fim de estimular esforços em todo o mundo para conter e reverter a tendência crescente de fatalidades e ferimentos graves em acidentes no trânsito no planeta.

"Fico muito satisfeito ao ver tantas entidades e órgãos de Governos das esferas municipal, estadual e federal; iniciativa privada; parceiros e técnicos representados neste seminário para falar sobre as ações de que o País necessita para seguir as recomendações da ONU no que diz respeito aos próximos dez anos, no que diz respeito à redução de acidentes de trânsito", disse o diretor.

Desafios

Na opinião de J. Pedro Correa, especialista em programas de trânsito e um dos palestrantes do seminário, o grande desafio desta década é desenvolver as metas para a redução de acidentes de trânsito. "Temos desafios enormes a vencer e temos que mobilizar a sociedade em seus diversos setores e propor diretrizes; propor a conscientização por meio da educação. É preciso introduzir, nos currículos escolares, matérias sobre comportamento de trânsito. Temos que criar uma cultura de segurança no trânsito e para isso temos que ter um diálogo permanente com a sociedade e o papel dos meios de comunicação é fundamental" disse.

J. Pedro apresentou alguns números que representam a crescente preocupação com os índices de mortalidade por acidente em transporte terrestre. Em 2010, 40.610 pessoas morreram contra 35.281 em 1996. Aumento de cerca de 14 %. Das 40.610 pessoas vítimas do trânsito em 2010, 10.134 eram motociclistas, índice que vem crescendo a cada ano, sobretudo com o aumento da frota desse tipo de veículo.

Vida no Trânsito

Fabiano Pimentel, outro palestrante do seminário, disse que o trânsito é um problema de saúde pública. Segundo ele a insegurança no trânsito acabou trazendo consequências para a área da saúde, o que acendeu uma luz vermelha, devido aos custos para o sistema de saúde. Preocupação compartilhada pelo Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os sucessivos relatórios da OMS apontam ainda que as perdas provocadas pela violência do trânsito representam uma das maiores preocupações da entidade, caracterizando-se como um problema de saúde pública com proporções epidêmicas. Na avaliação da entidade, é necessário desenvolver as ações de prevenção dessa violência em pelo menos 178 países, onde os índices de morbimortalidade no trânsito estão acima do razoável. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra um índice de 18.9 fatalidades por grupo de 100 mil habitantes. Países líderes, alguns europeus e outros asiáticos, registram uma taxa de cinco mortes por 100 mil habitantes.

As ações da Semana Nacional do Trânsito de 2011 em Minas Gerais foram coordenadas pela Gerência de Trânsito do DER/MG e reuniu ainda as seguintes entidades: PMMG, PMRv, Corpo de Bombeiros, PRF, DNIT, SEST/SENAT-FETRAM, Rádio 98 Fm, Rede Minas de Televisão, Intendência da Cidade Administrativa, Secretarias Estaduais de Defesa Social, Transportes e Obras Públicas, Saúde, Planejamento e Educação; Instituto Bioterra, DETRAN/MG, BHTRANS, Transcon, Transbetim, Prefeituras Municipais de Santa Luzia, Brumadinho, Mariana e Sabará, e a Agência RMBH.

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"A questão da segurança no trânsito é um grande desafio para governos e a sociedade". Com essas palavras o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG), José Elcio Santos Monteze, fez a abertura do I Seminário Mineiro de Segurança no Trânsito "Década de Ação Pela Segurança do Trânsito - 2011/2020: Juntos Podemos Salvar Milhões de Vidas", no auditório JK da Cidade Administrativa, na última sexta-feira (23/09). O evento reuniu mais de 500 pessoas entre autoridades e agentes ligados ao Sistema Nacional de Trânsito.