Divulgação DER/MG
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Na última quarta-feira (21), uma nova frente de trabalho de preservação da flora nativa da região da Serra do Cipó foi iniciada com o resgate de plantas que serão encaminhadas ao Instituto Inhotim e à Fundação Zoobotânica. Como resultado da ação, estima-se que o número de espécies transplantadas chegue a 1100, das quais 800 serão destinadas à ZooBotânica e 300, à Inhotim. O resgate das espécies se dá em função da construção de 22 quilômetros da rodovia MG-010, entre Morro do Pilar e o entroncamento da MG-010.

De acordo com o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER/MG), José Elcio Santos Monteze, são diversos os programas ambientais que estão em andamento devido à localização da rodovia, que se encontra na Área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira. O empreendimento foi planejado pelo DER/MG de maneira a trazer o menor prejuízo ambiental possível.

Entre as ações ambientais desenvolvidas na obra, além da proteção da flora, está previsto o resgate da fauna. Nesse caso, é feita a remoção dos animais que não conseguem dispersar durante o desmatamento. Os animais resgatados são identificados, avaliados pelo veterinário para ver necessidade de algum tratamento e, se estiverem em bom estado, são soltos em áreas de mata adjacentes ao local do empreendimento. Os animais que morrem são destinados para coleções científicas de instituições de pesquisa, como o Museu de Zoologia da PUC e a UFMG.

Plantas nativas

Com relação às espécies de plantas nativas, são priorizadas algumas famílias botânicas de grande importância ecológica, que são raras ou que estão sofrendo algum grau de ameaça. Durante o trabalho, são resgatadas inúmeras espécies de orquídeas, palmeiras, pteridófitas, bromélias, velósias e cactos; bem como, alguns outras famílias botânicas.

A equipe de técnicos, formada por biólogos, veterinários e auxiliares, tem dado atenção especial às palmeiras. Primeiro, porque esta família aparece em grande número de espécies e estes em grande número nas áreas das obras. Muitas delas são ameaçadas e possuem um crescimento muito lento como coco-de-pedra (Syagrus duarteii), indaiá (Attalea apoda), butiá (Butia archeri), outras são de grande importância para a fauna silvestre: macaúba (Acrocomia aculeata), licuri (Syagrus romanzoffiana), acumã (Syagrus flexuosa). Outras, apesar de abundantes atualmente, podem se tornar raras devido à baixa taxa de regeneração natural, destruição do habitat para ampliação de pastagens e lento crescimento, como ariri (Allagoptera arenaria).

Foram transplantados tanto plântulas de 20-30 cm até 8 metros de altura. Geralmente são resgatados todos os indivíduos.

Na avaliação do diretor-geral do DER, a importância do resgate é amenizar o impacto nas populações locais e contribuir para o maior conhecimento da biodiversidade local, pois muitas espécies só são encontradas durante a implantação do empreendimento.

"Trata-se do transplante de espécies animais e vegetais para ambientes apropriados, e da revegetação de áreas. A rodovia contará ainda com estruturas de contenção e passagem da fauna, para reduzir ao máximo o número de possíveis atropelamentos", explica o gerente de Meio Ambiente do DER/MG, Murilo Fonte Boa Guimarães Moreira.

A empresa responsável pela obra tem de seguir critérios básicos que minimizam os impactos, com ações específicas para prevenir e corrigir erosões, como a manutenção e o replantio de espécies nativas da região. Além disso, a comunidade no entorno da obra é convidada a participar de ações de educação ambiental; para as crianças em escolas e para os adultos nas lideranças comunitárias.

O trabalho de identificação e monitoramento das espécies reúne equipe de profissionais entre os quais botânicos, biólogos, ornitólogo, herpetólogo ou mastozoólogo, veterinários e auxiliares. São profissionais capacitados para manejar animais silvestres com experiência comprovada e atestada pelo Ibama.

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