Segundo Lasmar, há uma crise de mobilidade e a RMBH tem pontos de estrangulamentos, tanto do ponto de vista de deslocamento de seus passageiros quanto de cargas. “Estamos discutindo a melhora das questões de integração institucional e para avançar até um modelo mais normatizado e buscamos experiências do passado como as da Metrobel, Plambel e Trasmetro, não como saudosismo, mas para constatar que já fomos mais eficazes na área de mobilidade e nessa nova conjuntura podemos voltar a ser”, explicou.

O seminário é o terceiro de uma série de cinco que compõem o Programa Metropolitano de Mobilidade do Pacto Metropolitano pela Sustentabilidade desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento da RMBH. Seu objetivo foi recuperar a memória técnica dos modelos de gestão metropolitana dos sistemas de transporte e buscar soluções para a questão da mobilidade urbana na RMBH.

O evento foi realizado na Escola de Engenharia no Campus Pampulha da UFMG e reuniu técnicos dos setores público e privado, vereadores, prefeitos e secretários municipais. Foram discutidas a mobilidade urbana e sua importância para a RMBH, a estruturação do planejamento da mobilidade metropolitana na região desde os anos 70, o legado técnico-institucional dos modelos de gestão utilizados desde a criação do Plambel e os principais desafios do atual planejamento estratégico dos sistemas de transporte metropolitano da RMBH.

Especialistas em planejamento e gestão do transporte metropolitano que aturam na RMBH nos últimos 30 anos apresentaram temas relativos ao processo de gestão do transporte de passageiros da região e dos desafios para a efetivação do planejamento e da gestão metropolitana.

Gestão integrada

O Diretor da Escola de Engenharia da UFMG, Fernando Amorim de Paula, explicou que a universidade está realizando estudos de modelos de gestão metropolitana e os impactos econômicos no transporte da RMBH. “Criamos um Centro de Referência em agosto para elaborar esses estudos para contribuir de maneira efetiva com a redução dos custos de infra-estrutura na região”, ressaltou.

O coordenador geral do Nucletrans, Nilson Tadeu Ramos Nunes, explicou que nos últimos anos houve uma desmobilização institucional que resultou em uma degradação da mobilidade na região Metropolitana e as consequências são maiores custos no transporte público, baixa oferta de serviço, alta exclusão social e menor mobilidade. “O que se busca é o equilíbrio entre acessibilidade e mobilidade e um transporte metropolitano sustentável”, salientou.

O prefeito de Nova Lima, Carlos Rodrigues afirmou que Nova Lima tem grande interesse em resolver os problemas de acessibilidade no município, como no trevo do BH Shopping, o ramal de Águas Claras e a integração de Onório Bicalho, Jardim Canadá e BR 356 através da via integração. “Entendo que os municípios da RMBH devem dizer o que querem, definindo suas agendas para que o Estado direcione suas políticas públicas, como está fazendo a Agência Metropolitana, que busca soluções compartilhadas para o problema da mobilidade na região”, afirmou o prefeito.

Participaram também do encontro o arquiteto Jorge Vilela, do Instituto Horizontes, que falou sobre “O papel do Plambel na Metrópole”, o urbanista Zenilton Kleber Gonçalves do Patrocínio, da ACMinas, que abordou o “Planejamento e Gestão da Mobilidade na RMBH, o engenheiro Osias Baptista Neto, com o tema O transporte e o tráfego da RMBH nos períodos Metrobel e Transmetro, o economista João Luiz da Silva Dias, da ONG Rua Viva, que falou sobre “Interesse local e interesse metropolitano: os conflitos da gestão metropolitana no Brasil”, e o engenheiro João Ernani Antunes Costa, da Agência Metropolitana, que abordou “Retrospectiva histórica do Trem Metropolitano de Belo Horizonte”.

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O diretor geral da Agência de Desenvolvimento da RMBH, José Osvaldo Lasmar,  participou nessa quinta-feira (24) do seminário “A Gestão (Des) Integrada dos Sistemas de Transporte na RMBH”, promovido pela Agência e pelo Núcleo de Transportes da Escola de Engenharia -Nucletrans, da UFMG. “Estamos buscando um modelo de transporte para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, com melhor integração do transporte rodoviário com o ferroviário e integração tarifária”, afirmou o diretor, segundo o qual “é fundamental buscar a regionalização dos transportes, que atualmente está sendo negociada pelo governo federal, estadual e municípios, além de integrar as tarifas do transporte de passageiros na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pois o intermunicipal está sob a responsabilidade do Estado e nos municípios as tarifas estão a cargo das prefeituras”.