Fuad Noman na entrega do projeto à CEF Foto: Patrícia Rabelo

O projeto de requalificação e urbanização ambiental do Ribeirão Arrudas, na Cidade Industrial, foi entregue à Caixa Econômica Federal (CEF), nesta terça-feira (18). O projeto é uma parceria entre a União, o Governo do Estado e os municípios de Contagem e Belo Horizonte.

A Caixa irá analisar a documentação e posteriormente encaminhá-la à Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) para dar início ao processo licitatório.

Para a realização das obras estão previstos investimentos da ordem de R$ 205 milhões, sendo R$  155 milhões do Governo Federal, por meio do PAC, R$ 25 milhões do Governo do Estado e o restante dividido  entre os municípios de Belo Horizonte e Contagem (R$12,5 milhões de cada).

As obras serão executadas pelo Governo de Minas, por meio do Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (Deop/MG), órgão vinculado à Setop.

Para a realização da obra foi formado um Comitê Gestor com representantes do Estado e das prefeituras de Contagem e Belo Horizonte para definir as diretrizes, a concepção do projeto e acompanhar o andamento do processo licitatório das obras. "Esta será a primeira experiência em gestão compartilhada numa obra metropolitana e poderá servir de exemplo para todo o País", afirmou a prefeita de Contagem Marília Campos.

Projeto

Será implantada no local, de acordo com o Projeto apresentado, uma nova Avenida de 2,7 quilômetros de extensão, pistas duplas com mais de 10 metros de largura e passeios externos, além de três viadutos. Está prevista também a construção de quatro pontes para transposição do Ribeirão, sendo uma delas para acesso à futura estação do Metrô, próximo à Mannesmann.

A articulação viária com as quatro principais avenidas do entorno prevê, também, a construção de dois viadutos e a transposição da linha férrea da FCA por uma trincheira com extensão de 220 metros e um pequeno viaduto ferroviário. 

Com a construção dos viadutos será garantida a articulação viária nas avenidas Olinto Meireles, Tito Fulgêncio, David Sarnoff e Presidente Costa e Silva. Sob a ferrovia da concessionária FCA está programada uma trincheira de aproximadamente 220 metros e um pequeno viaduto ferroviário.

O projeto prevê também a remoção e o reassentamento de aproximadamente 890 famílias da Vila Dom Bosco e a desapropriação de 398 famílias da Vila São Paulo. As áreas propostas para o reassentamento estão localizadas ao longo do próprio trecho de intervenção. De acordo com o projeto básico, será construído um parque urbano com área de cerca de 150 mil metros quadrados, tendo como foco o lazer, arborização e o paisagismo.

Para o secretário de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fuad Noman, o projeto de requalificação do Ribeirão Arrudas é um exemplo. “Trata-se de uma obra exemplar, pois nela  há união das esferas públicas para conseguir recursos para uma obra esperada e desejada pela população”, disse.

Segundo o secretário-adjunto de Transportes e Obras e diretor-geral do Deop/MG, João Antônio Fleury Teixeira, o Estado deve licitar o projeto ainda em 2007 e as obras concluídas 30 meses após o início. Ele esclarece, no entanto,  que o ritmo da condução das obras vai depender da agilidade da prefeitura em realizar o processo de  remoção e reassentamento das  famílias. Cerca de 30% de todo o recurso será destinado às desapropriações.